15 de agosto de 2010

Privilégio????

Engraçado nossa vida... essa semana fui ao salão que costumava a ir para fazer unha. Uma pessoa muito conhecida minha chegou até mim e disse que tinha ficado sabendo do ocorrido, mas que eu poderia me sentir uma pessoa privilegiada, pois, agora tenho quatro anjinhos olhando por mim.
Fiquei pensando sobre isso e será que é mesmo privilégio? Olha, me desculpem, mas, privilégio para mim era poder ter meus filhos nos braços... Privilégio era poder escutar os seus choros, ver seu sorriso, me emocionar com as novas descobertas deles, poder vê-los crescer, fazer parte e acompanhar esse crescimento, poder cuidar deles e ensiná-los um pouco do que aprendi com meus pais...
Esse privilégio eu não tive!
Uma outra me disse que eu era uma pessoa especial, porque Deus não escolhe uma pessoa pra ter quatro filhos e depois os leva assim... que eram almas muito especiais e que não eram desse mundo, que eu tinha que me sentir orgulhosa por isso, por ter sido a "escolhida" de Deus... Ora, realmente eu acredito que meus filhos foram especiais sim, mas me poupe, que mãe gostaria de perder seus filhos apenas para ser a "escolhida"?
Tudo bem, até acho mesmo que Deus não nos dá uma cruz maior do que podemos carregar, mas pedir pra eu me sentir orgulhosa e privilegiada? Aí já é demais!!!!
Portanto, a todas as mães que têm seus filhos com vocês. valorizem-os muito, valorizem cada momento ao lado deles, porque isso sim é privilégio!
Eu, por enquanto, continuo com os braços vazios e uma imensa saudade de ter meus filhos aqui comigo...

5 de agosto de 2010

ENTRE O MAL E A GRAÇA

"Viver é sempre dar respostas ao inesperado. Podemos fazer planos para o futuro, programar atividades ou nos preparar emocional e psicologicamente para enfrentar certas situações, mas sabemos que tudo pode dar errado ou, simplesmente, não acontecer. Esquecemos que nossas vidas alcançam apenas a ponta do iceberg. Esquecemos que os acontecimentos da vida são imprevisíveis e nos sentimos sinceramente pegos de surpresa, como se a imprevisibilidade da vida fosse algo incomum e inusitado. Ela nos bate à porta todos os instantes. O palco onde a vida ocorre é um lugar iluminado, mas, se prestarmos atenção, ele está incrustado no seio de uma zona escura. É o mistério. A vida habita no coração do mistério, instalando nele uma clareira. Não distinguimos o que se esconde no seio do mistério, mas sabemos que ele não é despovoado nem morto. Da sua escuridão, são liberados para a luz da vida os acontecimentos que chamamos de inesperados. Quando o inesperado nos rouba aqueles que amamos ou as coisas que nos fazem bem, o reconhecemos como uma tragédia. Quando nos traz benefícios ou realiza nossos mais caros desejos, dizemos que se trata de uma benção. Dependendo de como nos atinge, o inesperado ou é o mal, ou é a graça. Ao aparecer em cena, o inesperado nos faz uma provocação. Como mal ou como graça, ele nos desconcerta e desarruma a ordem dos nossos dias, da nossa casa e dos nossos sonhos. Não há hábito ou determinação que o desarme. Nem crença que diante dele se sustente. Como mal ou como graça, o inesperado é uma tempestade que ameaça devastar nossa continuidade e nossa coerência. Obriga à mudança e impõe a transformação. Difícil é a entrega ao imprevisível. Antes, o mais imediato é uma espécie de temor. Medo e fascínio. Sobretudo ansiedade. O comum é nos defendermos do inesperado, buscando garantias para nossos passos e para o seu resultado. Opomos a eles nossa rigidez e nossa intransigência. Tudo o que nos faz adoecer e perder a alegria. A vida não é nem sólida como uma rocha nem firme como a terra. Ela é fluida como os rios e como o mar. E o mistério que a ronda a perpassa por inteiro, rarefeito e invisível como o ar. E, assim como não podemos comandar o ar (a não ser respirando-o pouco ou em demasia e comedindo a expiração), também não controlamos o mistério e não podemos impedir que ele nos atravesse e aja da sua maneira. Diante do mistério que o inesperado nos entrega, o que nos cabe é, apenas, respirar."

Dulce Critelli

3 de agosto de 2010

MUDANÇA...

Olá pessoal!

De antemão quero agradecer novamente a todos vcs pelas orações e pelo carinho conosco.
Dei uma sumida, mas estou de volta... É que devido à mudança, não tive como entrar aq e escrever, estava sem internet em casa e vcs imaginam a bagunça pra arrumar tudo no lugar!
Bom, enfim... MUDAMOS! Como eu já havia comentado aq, desde quando estava grávida havíamos comprado um apartamento maior por causa do quarteto. O apartamento é ótimo, enorrrrrrrrrrrrrmeeeeeeee, e agora ainda mais! Tem horas que ando dentro dele e fico imaginando como seria se nossos filhotes estivessem aq... mas enfim... deixa estar!
A mudança em si foi muito boa, estava precisando mesmo de algo diferente, de realmente MUDAR!
Houve momentos em que a saudade e a dor foram mais fortes, principalmente na hora de mexer nas coisas que já havia comprado pros nossos filhotinhos... as roupinhas, as mamadeiras, as malinhas, tudo isso trouxe ainda mais recordações de tudo...
Eu optei por guardar tudo nos maleiros, assim evito ficar olhando sempre e relembrando... sei que não tem como fugir muito das lembranças, afinal, as imagens estão na minha memória, mas pelo menos é uma forma de amenizar tudo e tentar seguir em frente!
Deus tem nos dado muita força e coragem... aliás, até mais do que havia imaginado.
Estamos conseguindo atravessar essa "nuvem negra" com serenidade... acredito que nossos anjinhos estão intercedendo por nós nesses momentos, o que nos tem confortado ainda mais!

Bernardo, Gabriel, Luiza e Manuela:

Todo esse tempo que passamos juntos foi maravilhoso e foi muito bom para nós, pois, vocês só nos deram alegrias. Gostaríamos somente de agradecer todo o carinho e amor que compartilhamos com vocês, pois nada que façamos ou digamos será capaz de expressar o quanto vocês foram especiais nas nossas vidas e o quanto é grande o nosso amor por todos vocês!

Fiquem em paz meus filhos... tenho certeza que um dia ainda iremos nos reencontrar!

"Só se pode respirar a vida quando um outro muda nossos ares..."